quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Para Sempre, Inter


As horas não passam. O nervosismo só aumenta. Como quando o gol não saia na estreia contra o Emelec. O jogo parece cada vez mais longe. O relogio nao ajuda. Cinco, quatro, tres horas para o jogo. O Beira Rio ja estava lotado, os Colorados invadiram a avenida Padre Cacique antes mesmo da abertura dos portões. Invadiram como invadiram Rivera contra Cerro. Duas, Uma hora. E esse tempo que não passa. Como quando Abbondanzieri, mesmo machucado, salvava o Inter do bombardeio do Deportivo na altitude de Quito. 30 minutos, Renan e Pato já estão aquecendo. O Inter ja estava escalado. Ja era certo que Alecsandro não jogaria. 15, 10, 5 minutos. O Inter entra em campo, a torcida começa a empurrar. Como empurrou diante do Cerro no Beira Rio. Tocam-se os hinos dos paises. Os jogadores do Chivas desrespeitam o hino do Brasil.

O juiz apita. Começa o jogo. A apreensão tomava conta do estadio. Como contra Deportivo, quando a vitoria era essencial para a classificação. O Chivas parecia outro time. Não lembrava em nada aquele de semana passada. O Chivas marcou demais. Mas atacou e assustou. O Inter parecia nervoso. Como naquele jogo diante do Banfield, na Argentina. O Chivas parecia estar melhor. Mas aos poucos o Inter ia tomando conta do jogo. Em uma boa jogada, Taison quase marcou. O Inter atacava, mas parecia nao conseguir superar a defesa do Chivas. Como naquele jogo de volta contra o Banfield, onde o Inter fez o impossivel e reverteu um 3 a 1. Mas o Chivas fez o que dele não se esperava, o gol. Bravo ganhou de Bolivar na bola aerea e Fabian, de meia bicicleta, fez o 1 a 0. Faltava pouco para o fim do primeiro tempo, e parecia que a tragedia era iminente. Como naqueles jogos contra o Estudiantes. O primeiro tempo acabou na hora certa. No vestiario, todos sabiam que Roth faria a diferença.

O Inter voltou melhor para o segundo tempo. Aos pouco ia sufocando o Chivas. O gol era questão de tempo. Aos 16, Taison e D'Alessandro quase se matam para recuperar uma bola, a bola vai para Tinga, que passa para Kleber, que cruza na medida, e Sobis dá apenas um toquinho de bico de chuteira para matar Michel, 1 a 1. O gol do desafogo, como aquele de Giuliano na fumaceira de Quilmes. Aos 27, sai Sobis, machucado, e entra Leandro Damião. O garoto entrou com a estrela, a mesma estrela que Giuliano entrou contra o São Paulo no Beira Rio. No seu primeiro toque na bola, roubou a bola de Fabian, deu uma meia lua em Reynoso, arrancou em velocidade de maneira a lembra Nilmar, e bateu forte, 2 a 1. Ai a festa era completa. Mas faltava o dele, e tinha que ser um golaço. Como aquele de letra de Alecsandro contra o São Paulo. Giuliano dominou, passou no meio de 2, e tocou por cobertura, 3 a 1 e agora da pra gritar. Ninguem viu o segundo gol do Chivas, de Araujo, 3 a 2. O juiz apita, INTER BI-CAMPEÃO DA AMÉRICA.

Agora era a vez do capitão Bolivar. Capitão não, General. Ele tomou as redeas da situação e, como lá Mexico quando fez o gol da virada, o General subiu no ponto mais alto para levantar a taça mais almejada da America. E você colorado, estava lá, gritou apoiou, levou o Inter nas costas em alguns momentos, essa é para vocês, que sofreram na década de 90 (assim como eu), agora graças a voces colorados, nós podemos gritar para o mundo ouvir, INTER BI-CAMPEÃO DA AMÉRICA.

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